“A base da sociedade é a justiça; o julgamento constitui a ordem da sociedade: ora o julgamento é a aplicação da justiça” Aristóteles A confiança, como têm sublinhado diversos autores, está intimamente ligada ao “capital social” e tem implicações no dia-a-dia das pessoas, reflectindo-se nas atitudes sobre o pagamento de impostos, o envolvimento comunitário, a participação eleitora, etc. Já a falta de confiança produz anomia social, teorizada por Durkheim como ausência de normas sociais e morais que sirvam de “guia” para a sociedade. Quanto menos os cidadãos confiarem nos seus governantes e nas instituições políticas, menos eficiente se tornará o governo e maior será a probabilidade de os cidadãos verem pouca credibilidade no seu sistema político. Para Giddens, a confiança pode definir-se como a segurança na credibilidade de uma pessoa ou na fiabilidade de um sistema. As sociedades mais confiantes são também as mais tolerantes e solidárias. A falta de confiança, também designada na linguagem comum por desconfiança, torna-se assim um elemento constrangedor da cidadania e, por consequência, do desenvolvimento...
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